Ontem (21) o Ministério da Saúde retirou app que recomendava medicamentos para Covid-19 sem eficácia comprovada.
O ministério se justificou afirmando que o sistema tinha sido ativado indevidamente, a decisão veio depois de críticas ao aplicativo feitas pelas entidades médicas. A partir do preenchimento de um formulário eletrônico com sintomas do paciente, o TrateCOV sugeria a prescrição de medicamentos como cloroquina e ivermectina para pessoas de todas as idades em situações diversas, não apenas em caso de infecção por Covid-19. O sistema ainda exigia que os médicos dessem uma justificativa no caso de não aplicação do medicamento aos pacientes, o acesso a plataforma era recomendado a profissionais de saúde mas estava disponível para todos os públicos.
Após analisar o conteúdo do app, o Conselho Federal de Medicina (CFM) e a sociedade brasileira de infectologia (SBI), solicitaram a retirada imediata do mesmo e alertaram que as evidências científicas demonstram que nenhuma medicação tem eficácia comprovada na prevenção ou no tratamento precoce. Conforme o conselho, o aplicativo induz à automedicação e prejudica a autonomia dos profissionais da saúde. O TrateCOV, não preserva o sigilo das comunicações e não deixa claro a finalidade do uso dos dados preenchidos pelos médicos.
O ministério da saúde afirmou que a plataforma funcionava como uma espécie de “simulador” e foi ativada indevidamente após uma invasão sofrida pelo sistema. No entanto, a plataforma foi lançada no dia 13 de Janeiro pelo próprio ministro da saúde durante um evento em Manaus.
“Diante do cenário epidemiológico atual, a capital do Amazonas foi escolhida para estrear o TrateCOV, já que o objetivo do aplicativo é trazer mais segurança e agilidade no atendimento e diagnóstico dos pacientes com coronavírus”. – Trecho retirado do texto publicado no site da pasta do Ministério da Saúde.
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