Sinopse
Depois de 36 horas, os rastros de uma pessoa desaparecida simplesmente somem..
A detetive Sarah Pribek trabalha no limite do desespero. Todos os dias ocupa-se de longos telefonemas de familiares ávidos por qualquer informação sobre os seus entes. Entretanto, a realidade que ela encara agora é totalmente diferente. Seu marido desapareceu, sumiu do mapa. Cabe a ela correr contra o tempo e evitar que chegue a hora.
Resenha
Este é o primeiro livro da escritora Jodi Compton e ela realmente me surpreendeu. Li o livro rapidamente pois a trama foi muito bem contada e o estilo de escrita afiado.
A história gira em torno de Sarah Pribek, detetive com foco em pessoas desaparecidas em Minneapolis. Quando seu marido, também policial, desaparece, Sarah se vê envolvida em uma investigação pessoal. A trama nos leva a explorar o passado do marido, sua família e os casos não resolvidos que os afetaram profundamente. À medida em que Sarah segue um rastro de surpresas chocantes e revelações amargas, ela enfrenta o medo de que seu marido esteja morto.
O texto oferece uma narrativa envolvente e uma visão detalhada da vida de seus personagens.
O livro foi escrito em primeira pessoa, e é muito descritivo. Eu geralmente não gosto muito de descrições, mas a escritora soube dosar as descrições entre pessoas, situações e locais. E isso me agradou muito, pois eu não queria parar de ler para saber o que ia acontecer.
Os personagens também foram muito bem construídos e foi possível sentir a angústia de Sarah na procura por seu marido, como ela precisava entender quem era Michael Shiloh, para poder então saber o que lhe havia acontecido.
O tom do livro “A 37ª Hora” é sombrio e tenso. A narrativa de suspense e mistério cria uma atmosfera carregada de segredos, revelações e emoções intensas. Os personagens enfrentam dilemas pessoais e desafios profissionais, o que contribui para a sensação de urgência e inquietação ao longo da história.
É um livro realista, que mostra um pouco o lado da polícia e da chamada Justiça (leia-se juiz, júri e advogados), onde devido a um pormenor qualquer, um delinquente acaba livre da prisão.
O desfecho de “A 37ª Hora” é intenso e surpreendente.
Sem dar spoilers, posso dizer que as revelações finais têm um impacto profundo nos personagens e nas suas vidas. A autora Jodi Compton habilmente amarra os fios soltos da trama, deixando os leitores com uma sensação de satisfação e, ao mesmo tempo, com algumas questões para refletir.
Texto escrito por Eliane Gomes
Uma leitora voraz de livros policiais. Já foi programadora e atuou como professora, tanto no ensino infantil como de música. Além disso é mãe, casada e colunista e revisora no Portal Águia.
Revisão e edição: Felipe Bonsanto
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